sábado, 26 de fevereiro de 2011

Como assim?

Dizem por ai que as crianças de hoje não são mais como as crianças do nosso tempo ou do tempo do arco da velha, não importa, o que importa é que dizem que as crianças de hoje estão mudadas.
O referido é verdade e dou fé. Sim. 'Los niños de hoy' não são mais como nós fomos ou como foram as crianças do arco da velha, não que fomos tapados quando crianças, mas que hoje elas são mais espertas são. Já falam de coisas incríveis, absurdas e adultas, aprendem com mais facilidade, deixam de ser ingênuas muito mais cedo do que antigamente.
Um belo dia estava eu 'plantado' na porta da loja em que trabalho fazendo meu serviço, e como de costume, sempre aparecem aqueles clientes sem noção nenhuma, sem respeito, aquelas pessoas 'porcas'  que jogam lixo no chão. Que pegam panfletos no calçadão e para não entrarem na loja com papeis acabam jogando no chão antes de entrar na loja. Quando isso acontece, faço questão de olhar pro lixo que foi jogado no chão e encarar o ser mal civilizado pra ver se ele se toca. Não costuma adiantar,mas faço isso sempre! Enfim, estava na porta da loja fazendo o meu serviço e entrou uma mulher e uma criança. A criança vinha segurando algo nas mãos, não notei o que era, e a mãe tranquila olhava os produtos, quando a criança se irritou com o objeto e disse: "Não quero mais, posso jogar fora?" A mãe assentiu com a cabeça, e foi a criança correndo para a porta e lançou o objeto pra fora da loja, no calçadão, no chão que a tiazinha da prefeitura limpa todo dia. Imaginei que ela fosse jogar no lixo que fica lá fora, mas não, ela jogou no chão. Mas dessa vez fiz ao contrario pra aumentar o suspense sobre o que era o objeto lançado. Olhei bem nos olhos da criança, com uma expressão nada agradável e logo em seguida olhei pro objeto no chão e não acreditei no que meus olhos viam. Parei, respirei, pensei, olhei de novo pra criança, pensei mais um pouco e falei comigo mesmo: "Como assim, não é possível, não estou acreditando no que estou vendo!"
Uma caixinha de tic-tac, uma caixinha de tic-tac jogada, uma caixinha de tic-tac desprezada, lançada ao vento, sem amor nenhum.
Fiquei indignado! Na minha época eu brigava por uma caixinha de tic-tac, eu brincava com ela até ela rachar, e quando ela rachava eu passava 'durex' pra dar mais um tempo antes de ir pro lixo. Eu fazia a caixinha de copinho, bebia agua nela, plantava feijão com algodão, prendia formiguinhas dentro. Ia no supermercado com minha mãe e sempre pegava uma caixinha no caixa, enfiava tudo na boca, só pra ter uma caixinha pra brincar. Parei de brincar, comecei a colecionar, juntei um monte de caixinha até os meus treze anos, minha gaveta de tranqueiras era lotada de caixinha de tic-tac, e me vem uma criança qualquer e joga fora uma caixinha de tic-tac, assim, sem mais nem menos. As crianças de hoje não são mais como as crianças do nosso tempo ou do tempo do arco da velha!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Mais um fim de semana!

Aaaaaiiiiiiiiiiii, mais um fim de semana indo embora, mais um entediante fim de semana, mais um fim de semana com cara de infância. Festinha as 16h com tema infantil, a criançada correndo e gritando pela casa, num calor desumano, futebol na tv, pão com carne moída e coca-cola. Bolo com papel comestível e docinhos pra terminar.
Sim, lembra demais a minha infância, nos aniversários dos primos, dos vizinhos e dos amiguinhos, correndo e gritando, ouvindo a mãe de alguém gritar pra parar de correr, pra tia dizer como que a gente estava suado e brincando com o copinho descartavel todo cortado e com o papel da bala de coco. Ah tempinho que não volta mais!
Mas talvez eu esteja velho demais pra essas coisas. Fico muito estressado com a criançada correndo e gritando no ouvido, a tia berrando pro sobrinho pequeno ir até ela pra dar um abraço a cada meia hora, fico com a cara muito fechada, ficam perguntando toda hora se eu estou bem, se eu estou com sono, se eu estou com fome, com sede. Não, eu não estou com nada disso, eu só quero ir pra casa logo, quero minha cama, ou meu computador ou meu ventilador, mas se eu puder levar um pouquinho desses docinhos pra casa, ficaria agradecido!
Falando em velho demais, sabado fui na missa na igreja aqui perto de casa, onde fui criado, onde conheci a maioria das pessoas do bairro, não ia na missa aqui fazia pouco mais de um mês, e nos últimos dois anos fiquei um pouco afastado das atividades por estar estudando e coisa e tal.
Nossa! Fiquei espantado com o tanto de criançada que eu nunca tinha visto na minha vida, crianças novas na comunidade! Mas na verdade são as crianças que quando eu ia na igreja aqui, não podiam ir sozinhas por serem pequenas demais ou por ainda não estarem na catequese. Mas isso me fez sentir um velinho de bengala, diante de tanta criançada que eu ainda não tinha visto!
Por isso que dizem que a vida é curta, que ela passa rápido demais, estou começando a descobrir que é verdade. Deixamos de ser criança para correr atrás dos nossos sonhos, agora com as próprias pernas, sem as 'rodinhas' dos nossos pais. Mas fico feliz, só de ter chegado até aqui, não quero parar por aqui, mas fico feliz de estar onde estou e ter o que tenho!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

¬¬' (merecia um título melhor, mas não me passou nada na mente)

Uma vontade imensa de postar algo, mas não tenho nada em mente e uma vontade imensa bem maior ainda de digitar, mas repito que não tem nada de interessante passeando na minha mente!
Opa, isso me lembrou uma musica: Snow Patrol - Signal Fire.
"The perfect words never crossed my mind, cause there was nothing in there but you."
Traduzindo: "As palavras perfeitas nunca cruzam minha mente, porque não havia nada além de você."
Interessante, intrigante, bobo, estranho, romântico (emo), louco, mané. Mas vai dizer que alguém nunca passou por isso? Procurar certas palavras, mas não conseguir devido ao grande espaço ocupado no nosso 'cartão de memória' por aquela pessoa querida, que é quase impossível parar de pensar nela. Difícil, não é?
Mas o problema maior é quando se procura palavras certas e a cabeça vira um turbilhão, pensando não só em uma pessoa, mas em um monte, tentando achar palavras no meio de rostos que aparecem de relance na 'biblioteca' do nosso cérebro.
Afinal, negando ou não todo mundo tem um motivo (alguém) para não encontrar palavras certas nos momentos mais confusos, mais apertados.
Eu cantei milhões de vezes essa mesma frase por milhões de vezes que ela me veio a cabeça, já foi parar no status do orkut e no subnick do msn. Gostei dela, e não é mentira, estava mesmo sem ideia pra postar algo de interessante (não que isso seja) e me veio essa musica de novo, no meio de um turbilhão de rostos aparecendo na minha memória.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Aí sim!

"Tem gente que deve se preocupar com os políticos que estão no planalto roubando dinheiro que seria para construir casas públicas e não se preocupar em destruir carros de jogadores que perderam apenas um jogo, deviam destruir carros dos políticos que estão roubando dinheiro público." São Marcos, goleiro do Palmeiras.


É isso aí caramba, já estava na hora de alguém do meio esportivo ou do meio 'exposto' apontar o que realmente devia ser feito. Muita gente perdendo tempo com coisas fúteis, coisas desnecessárias enquanto a palhaçada rola solta nas prefeituras, nos governos e no planalto.
Falta pessoas como o goleiro Marcos, que usa da popularidade para protestar contra as vergonhas de nossos representantes. E mesmo sendo meros desconhecidos, não podemos ser omissos, também devemos e podemos protestar contra as vergonhas feitas com o dinheiro dos nossos impostos!


"Devemos nos preocupar mais com a vergonha que está o nosso país do que com um simples jogo." São Marcos, concluindo comentário sobre vandalismo corintiano durante a semana.