quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Hey, chuva!

Soavam como os sinos que levavam a notícia aos quatro cantos, aguda, aquelas palavras me diziam mais do que queriam. Ali tudo parava, era o fim de um ciclo, de uma história, de um amor. Ali ficou, ali calou. O que entrou a partir dali, foi apenas ressentimento, entrou e caminhou por entre as veias que pulsavam no meu corpo.
Minha voz embargada e trêmula tentava explicar com alguma memória o que acontecera nesses dias. Onde estava minha alma enquanto meu corpo vivia aquela história? Creio que estive preso num universo longínquo e não pude me ver vivendo o sonho que esperei tanto tempo pra viver. 
As respostas eram incompletas, chegavam sempre em uma rota escura. Nada ali fazia sentido e sentado eu via meus dias se perdendo em respostas amontoadas em respostas. Pensei ter ido embora a nuvem que vinha me fazendo companhia, mas ela só foi recarregar, ou chover em outro alguém. Ela voltou.

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