quinta-feira, 28 de abril de 2011

A manhã dos sonhadores.

Manhã de quinta-feira, resolvi fazer um horário diferente do de costume, mas que já tinha feito antes. Dormi um pouquinho mais, e sai mais tarde de casa e entrei no ônibus junto com minha irmã. Um alívio dormir um pouco mais e acordar para trabalhar com o sol também já acordado e aquela brisa prevendo sem certeza nenhuma a temperatura do dia, entre levar blusa ou não e deixar ou levar um guarda-chuva, talvez seja melhor sair de casa com um bagageiro e não com uma mochila.
Talvez seria mais uma manhã qualquer em que eu veria as mesmas pessoas no ônibus, passaria pelas mesmas ruas e realmente, foi uma manhã qualquer, mas eu quis dar um bom motivo pra lembrar dela pela noite, na verdade não quis, mas acabou que ocorreu dessa maneira!
Como de costume o ônibus havia atrasado e quando ele chegou já não havia lugar vago para sentar, fiquei em pé junto com minha irmã, e no assento em que estava parado de frente em pé feito um poste tinha um homem com seu filhinho sentado. Não devia ter mais de dois anos e meio o garotinho, e apesar de pouca idade falava muito, conversava com seu pai e comentava cada ponto interessante que lhe passava ante seus olhinhos pequenos e arregalados durante a viagem, e num certo ponto do percurso passamos ao lado de um campo de futebol onde treinava algumas crianças, então a criança admirando a bola rolando e as outras crianças correndo sugou todo ar que lhe cabia no peito como se fosse mergulhar e disse com tanta determinação e com tanta força como se fosse uma promessa inquebrável: "Pai, eu vou jogar nesse campo de futebol, eu vou ser campeão, campeão!'' Isso foi o bastante para um sorriso bobo no rosto do pai, que concordava com que o filho dizia. E foi esse o motivo que tornou minha manhã memorável pela noite, não apenas o ato do menino, mas também os pensamentos que tomaram minha mente fértil.
Um ato tão simples, singelo e inocente sem medo nenhum, sem enxergar nenhum impedimento que possa realizar esse sonho, apenas uma criança, com o compromisso de apenas ser feliz e brincar, e abençoado sem ainda entender toda essa loucura que nos rodeia, que nos cerca. Me perdi em pensamentos imaginando o tanto de sonhos que aquele ônibus transportava, mentes fixadas em sonhos por realizar, em sonhos realizados ou mentes que vivem ocupadas pelo medo, mentes sem liberdade, aprisionadas por frustrações, por agonias, encolhidas na escuridão sem forças para fazer viver um sonho ou simplesmente para mantê-lo.
Ainda procuro entender porque deixamos de ser fortes para correr atrás de nossos sonhos, pra fazer um sonho nascer dentro de nós. Às vezes imaginamos uma barreira imensa, e tememos o fracasso, tememos o tombo sem pensar que podemos nos reerguer, encará-lo não como fim mas como um breve intervalo. Por quê? Por quê?
E se encarássemos tudo isso com a nobreza de uma criança? Por que nos faz tão responsáveis, Tempo que não para? Por quê? Por quê? 

sábado, 16 de abril de 2011

Nada disso!

Eu não faço moicano, não uso brinco, não uso piercing. Não tenho tatuagem, não visto roupa cara, não tenho um All Court, um Resistance, muito menos um Air Max. Até poderia bancar de mala, mas não faz meu estilo, até poderia baixar minha cabeça pra não perder a razão, mas se for pra ser ignorante e sem noção, acho melhor você pensar em fazer de um jeito diferente. Se for pra dizer que não gostou depois, é melhor que nem olhe pra mim antes.
Sei que posso ser impossível e insuportável, mas sei ser muito tranquilo e compreensível, desde que seja tranquilo e compreensível comigo. Se acredita que falando comigo como quer vai ter o que deseja, desculpa ai, mas você vai conhecer a pessoa mais irritante e impossível que você já conheceu. Não pense que seus atos frescos, mesquinhos e infantis vão ficar sem resposta.
Antes de nascer pra ser eu, nasci pra ser irritante. E se você teve a sorte de me conhecer, me perdoe, mas talvez tenha que me aturar por muito e muito tempo, se tiver muita sorte, quem sabe não terá que me aturar pro resto da sua vida? Só não pense que por ter sido mimada e achar que as pessoas devem aceitar o seu estado, que eu vou ficar quieto, parado no meu canto ouvindo você ser ridícula.
Se não sou como muitos por ai, ou se não sou como você quer, não importo para o que você precisa, só preciso que você cale essa boca, que pare de produzir esse som irritante que sai da sua garganta. Eu não pedi pra ficar perto de mim, muito menos pra me conhecer, se quer mandar em alguém, vai mandar em alguém que não seja eu, e que esteja lá na casa do c...
Muita gente diz que pra começar a julgar é melhor tentar superar, mas acredito que pra você começar a julgar é melhor que olhe pra você mesma, e veja a pessoa fútil que você é!

domingo, 10 de abril de 2011

Eu senti o que você sentia!

Alguns meses, alguns erros decisivos, pessoas e pensamentos, muitos pensamentos já se passaram por mim depois que eu decidi por meio de um dos meus erros decisivos tentar seguir minha vida sem atrapalhar a sua. Se você acha que eu não te atrapalhava, eu penso muito pelo contrário. Eu penso que fui o seu pior entrave e sua maior decepção. Algo que você não esperava, e que acabou esperando depois de começar a entender o que tinha por trás dos meus olhos, e esperou até cansar.
Eu mesmo não entendo até hoje se fiz isso apenas pra te proteger ou me proteger, pra ver o que o tempo iria dizer e fazer ou pra ver quem eu era nos momentos como esse. Me pus à prova, acredito que não me sai bem e acabei levando a pior, disso creio que você saiba muito bem, não te culpando, apenas afirmando. Deixei apenas o tempo mexer seus 'pauzinhos' e esperei ...
Mas o que ninguém imaginava, muito menos eu, é que se vê dentro de você um sentimento muito forte de tristeza pelos meus erros decisivos envolvendo você, ou envolvendo nós dois, como se eu estivesse vendo e sentindo o meu arrependimento todinho dentro de você, é como se eu estivesse vivendo todo aquele sentimento outra vez, apenas olhando, conversando e estando com você.
Em conversas pela Internet já era possível perceber aquele ar de se arrepender por meu arrependimento dentro de você, conversar com você era confortante e ao mesmo tempo desagradável. Era como se me fizesse um bem enorme, e ao mesmo tempo como se me fizesse viver todos aqueles meses seguintes de angústia e anseio de novo . Era muito forte esse sentimento que saia de suas palavras, que eu lia na tela do computador, mas nada se comparou com aquele abraço e aquelas palavras de agradecimento no dia do seu aniversário, toda aquela tristeza se misturava naquele abraço, um jorro de sentimentos, todos juntos: alegria; tristeza; alívio e consolo misturado com palavras de agradecimentos que me fizeram no meio de tudo aquilo que me surgia, me sentir como um dos construtores de seu caráter, me sentir tão importante por ter feito parte de sua breve história, e que desejo continuar fazendo seja como for, até como inimigo se preciso for, e mesmo que seja como uma simples pessoa que um dia passou por sua vida, que você lembre uma vez ou outra, contanto que nunca se esqueça de mim.